quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O primeiro óleo


“Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mateus 6.33)
                Nos tempos bíblicos, quando as oliveiras davam frutos, os fazendeiros, ao fazer a colheita, colocavam as azeitonas dentro de bolsas até que elas estivessem cheias; depois costuravam as bocas.

                O processo de extração do óleo era muito interessante e nos ensina uma grande lição. As bolsas com as azeitonas eram empilhadas em cima de uma pedra plana, um pouco mais larga e comprida que elas – e amarradas três ou quatro por vez. Depois, colocava-se uma pedra plana pesada, de tamanho semelhante à primeira, pressionando as pequenas bolsas. Você pode imaginar isso? Desta forma pressionavam-se as azeitonas nos tempos bíblicos.
                Graças ao peso da pedra em cima das bolsas, espremiam-se as azeitonas e, imediatamente, o óleo escorria pelos furos dos saquinhos. Posicionavam-se cuidadosamente algumas garrafas ao pé da prensa.
                Quando o óleo parava de escorrer, as garrafas eram removidas e substituídas por outras. Outra pedra era colocada em cima da que estava lá, para fazer uma pressão maior. Saía ainda mais óleo das azeitonas e outras garrafas ficavam cheias.
                Todo o processo era repetido cerca de quatro vezes, em mais ou menos quatro levas de garrafas cheias de óleo. E cada uma seria usada para propósitos diferentes.
                A última leva era considerada de qualidade inferior, já que era o resto do óleo extraído das olivas. Normalmente, o óleo contido nestas garrafas era vendido por preço inferior, para pessoas que não tinham muito dinheiro ou então usava-se como combustível para lâmpadas.
                A terceira e a segunda leva, como eram de melhor qualidade, eram vendidas por um preço melhor nos mercados.
                Já as garrafas da primeira extração continham o melhor óleo. E sabem para que aquele óleo era usado? Para o Templo de Deus em Jerusalém, onde os sacerdotes utilizariam para unção, nas reuniões realizadas na Casa do Senhor. O fazendeiro não podia utilizá-lo para uso próprio, porque aquele óleo era santo e consagrado para Deus. Além disso, o fazendeiro não poderia usar o primeiro para si e dar o segundo ou terceiro para Deus. Porque, embora fossem bons, não tinham a mesma qualidade.
                A lição é bem clara: Deus merece tudo de melhor e de primeira qualidade. Primeiro temos que cuidar da Casa dEle com os primeiros frutos; depois, pegamos o que sobrou para uso pessoal.
                Fiéis não são aqueles que dão o dízimo – 10% de sua renda – para Deus. São aqueles que colocam o Senhor em primeiro lugar em suas vidas. Estes sabem que estas não pertencem a eles, mas a Deus.
                “Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.” (Provérbios 3.9-10)
                De que maneira você tem utilizado o seu primeiro óleo?

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