quarta-feira, 24 de junho de 2015

O Zezinho e o Carvão


O pequeno Zezinho entra em casa, batendo forte os pés no chão. Sua casa que era de assoalho fez ressoar o ruído. Seu pai, que estava indo ao quintal cuidar da horta, ao ver seu filho nervoso, fica preocupado e o chama para uma conversa.
Zezinho de oito anos de idade, o acompanha desconfiado, e antes que o pai lhe fale alguma coisa, comenta irritado:
“Pai estou com muita raiva . O Paulinho não deveria ter feito o que fez comigo. Desejo tudo de ruim para ele.”
O pai, um homem simples mas cheio de sabedoria e graça, o escuta calmamente. Porém o garoto, não para de reclamar.
“O Paulinho me humilhou na frente dos meus amigos; eu gostaria que ele ficasse doente e nunca mais fosse à escola.”
O pai escuta tudo enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e pediu ao menino que o acompanhasse. Calado, o filho observava curioso, cada movimento do pai.
Zezinho vê se o saco está aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer alguma pergunta, o pai lhe propõe algo:
“Filho, faz de conta que aquele lençol branquinho que está no varal secando é seu amiguinho, e cada pedaço de carvão é um mau desejo seu para com o seu amiguinho. Quero que você jogue todo o carvão do saco no lençol, até o último pedaço. Depois eu volto, para ver como ficou.”
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos a obra. O varal com o lençol não estava muito perto e o jovenzinho tinha que empenhar-se muito para conseguir atingi-lo. Poucos pedaços de carvão acertaram o alvo.
Uma hora se passou e garoto terminou a tarefa. O pai que observava tudo de longe, se aproxima e lhe pergunta:
"Como você está sentindo-se agora meu filho?"
O garoto responde:
“Estou cansado mas estou alegre, porque acertei bastante pedaços de carvão "nele" e aliviei-me bastante da raiva papai. Obrigado!
O pai olha para o menino e carinhosamente lhe fala:
“Venha comigo até o quarto que eu quero mostrar a você uma cena muito especial.”
Zezinho, curioso acompanha o seu herói, satisfeito e cheio de confiança. Carinhosamente, seu pai, pega o garoto ao colo e lhe mostra seu reflexo em um grande espelho.
Que susto!!! Só conseguia ver os olhos, seu rostinho e toda sua roupa estavam sujas!

Que sujeira!!!
“Filho, se compararmos como você ficou, o lençol quase não se sujou: mas olhe-se bem!
Meu filho, o mal que desejamos aos outros é como esse carvão. Ele pôde até sujar um pouco o lençol, mas na verdade o maior prejudicado foi quem o jogou."



"A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas dignas, perante todos os homens.
Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.
Antes, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem."
Romanos 12:17 - 21


Nenhum comentário:

Postar um comentário